segunda-feira, 23 de maio de 2016

A Geografia em "Roda de Conversa" na UnB - "Juventude e Geografia: Possibilidades de Pesquisa"

Na noite de hoje (23.05.2016) o Prof. Dr. Juscelino Eudâmidas Bezerra (UnB) convidou o Prof. Dr. Nécio Turra Neto (UNESP - Presidente Prudente), para no Campus Darcy Ribeiro, no Anfiteatro ICC - Sul, pelo Departamento de Geografia (UnB), cujo intuito foi discutir a temática "Juventude e Geografia" no qual se faziam presentes os docentes e discentes do Departamento de Geografia (UnB).

Prof. Dr. Nécio Turra Neto (UNESP)
A presente "roda de diálogo" enfatizou as pesquisas sobre a "Juventude e Geografia" e mais especificamente a produção do espaço através da cultura, abordando: 

  • Territórios e relações de poder;
  • A produção de novos espaços a partir da inserção de culturas;
  • O capital espacial;
  • O conceito de "geração" para compreender as transformações do espaço.
Apresentação da Temática


Nas abordagens de suas pesquisas com os "Jovens Punks" de Londrina e Guarapuava (Paraná), demonstrou como procedeu ao realizar seus trabalhos e como conseguiu fundamentá-los teoricamente através de conceitos, métodos e técnicas de investigação científica que propiciaram uma melhor apropriação do objeto de estudo.
Após a sua apresentação o Prof. Nécio passou a palavra ao mediador do debate o Prof. Juscelino para que os presentes no evento pudessem emitir questionamentos e reflexões sobre a relevante temática.

Professores Nécio e Juscelino no momento de abertura para o diálogo entre os participantes
Os questionamentos surgiram dos discentes da graduação em geografia, pós-graduação em geografia, e docente do departamento de geografia (UnB) que teceram ao longo do diálogo suas opiniões e reflexões acerca da temática e de sua relevância para a ciência geográfica.

Graduandos, Pós-Graduandos e Docentes da Geografia (UnB)

O professor Nécio respondeu aos questionamentos propostos e elucidou como devemos e podemos trabalhar uma Geografia Cultural com matrizes epistemológicas e metodológicas que assegurem a sua rigorosidade científica e acadêmica. 
O evento contribuiu para esclarecer dúvidas sobre métodos e metodologias de pesquisa científica, bem como para suscitar novas ideias aos discentes e docentes. Portanto, foi de grande relevância para o cotidiano acadêmico.


NÉCIO TURRA NETO
Possui graduação em Geografia pela Universidade Estadual de Londrina (1997), Mestrado em Geografia, pela Universidade Estadual Paulista - Júlio de Mesquita Filho (2001) e Doutorado em Geografia por esta mesma instituição. Foi professor do Departamento de Geografia da Universidade do Centro-Oeste (UNICENTRO), na cidade de Guarapuava/PR, entre 2003 e 2009. Atualmente é Professor Assistente da Universidade Estadual Paulista (UNESP) - Campus de Presidente Prudente, onde ministra disciplinas para os cursos de Geografia e Arquitetura e Urbanismo. Também está vinculado ao Programa de Pós Graduação em Geografia da FCT/UNESP, onde ministra disciplina e orienta nos níveis de mestrado e doutorado. Tem experiência na área de Geografia, com ênfase em Geografia Cultural, atuando principalmente nos seguintes temas: juventudes, cidade e urbano, território, lugar. e-mail: necioturra@.fct.unesp.br 

Autores:
Celso Cardoso Gomes
Sidnei Felipe da Silva


sábado, 21 de maio de 2016

Primeiras percepções de Brasília: Trabalho descritivo



Imagem aérea de Brasília

Ao chegar a Brasília as primeiras percepções do lugar foram dando espaço ao contraponto dos vídeos, livros, comentários e imagens que tinha verificado durante a vida pessoal, portanto foram cenas de embate entre o teórico e o prático que deram subsídio, imediatamente, a construção do cenário real, concreto e absoluto, todavia em um primeiro momento estranho e complexo.

Aeroporto Internacional Juscelino Kubitschek

Inicialmente durante translado, do aeroporto para Asa Norte - setor hoteleiro norte - SHN, ficou perceptível a organização viária, isto é, as longas avenidas e ruas num imenso complexo viário através de um verdadeiro mosaico, interessante e curioso, apesar de ocasionar certa estranheza à tamanha organização. Ao finalizar o translado chegamos ao SHN, letras e números característicos da organização viária do lugar, que possuí shoppings e outros serviços, tudo distribuído setorialmente e com certa acessibilidade e limpeza. Este momento precursor ocorreu no período noturno e final de domingo, noite esta fria em comparação com o litoral nordestino, de onde vinha o autor.


Setor Hoteleiro Norte - SHN / Asa Norte

O transcorrer final do domingo a noite somente fez consolidar a ideia inicial que a temperatura decai bastante no lugar durante o período noturno e um prenúncio da possibilidade de uma amplitude térmica variada, entretanto característica que só poderia certificar no raiar do próximo dia.
 No dia seguinte os primeiros raios solares deram a constatação da intensa amplitude térmica local, muito quente durante o dia e a noite decai a temperatura, sempre muito seco e com muitas nuvens, céu de intenso azul e a noite estrelada. Apesar destas características, durante o transcorre do dia, Brasília foi agraciada, no fim da tarde e incio da noite por uma intensa chuva, daquelas torrenciais e que são comuns no período de outono nesta localidade, entretanto em seguida tudo volta ao normal, mesmo com um sistema de drenagem que em dados pontos não consegue fazer face ao acúmulo de água da queda d'água momentânea e rápida, pois o relevo se apresenta muito plano e com pequenas ondulações.


Visão do Eixo Monumental

A geomorfologia plana nos fez pensar que houvera um intenso trabalho erosivo na área, entretanto apenas podendo ser comprovado por uma pesquisa mais ampla, neste caso o tempo era curto e as observações eram preliminares. O trabalho erosivo deve ter possibilitado a formação do solo visível, ou seja, um solo vermelho intenso, logo veio o pensamento relativo aos candangos construtores, advindos na sua maioria do nordeste brasileiro, escavacando e avermelhados para dar origem ao cenário perceptível da capital federal.O tempo, o relevo e os solos percebidos nos fez pensar no cerrado brasileiro, já que estamos sobre o domínio do mesmo, mas também observar a organização paisagística das praças, canteiros, ruas e avenidas que sempre apresentam uma relativa arborização com espécies nativas e exóticas, muito interessante por sinal, visto que contribuem para amenizar um pouco a alta temperatura diurna do lugar e contribuem para uma interessante beleza cênica paisagística que é complementada pelo famoso lago Paranoá de sul a norte do Plano Piloto.

Lago Paranoá

O lago Paranoá, cartão postal de Brasília, é um cenário de usos múltiplos na localidade, desde água para os brasilienses e seus visitantes, passando pelo uso da pesca esportiva, do turismo e até para se refrescar naqueles dias quentes e secos que é comum na capital federal. Esse lago fica localizado no chamado Plano Piloto e ainda mais próximo do Eixo Monumental, parte central da capital federal, área bastante presente nos livros e outros meios de comunicação tanto pela importância paisagística, como também pelo cenário político.
O Eixo Monumental é um cenário concretado e com muitos prédios, porém de uma organização invejável, a visão da rodoviária do plano, praticamente no centro do eixo é belíssima, no final ou início, o Palácio do Congresso Nacional, berço das decisões mais importantes do nosso país, nas laterais a Esplanada dos Ministérios, no centro uma imensa praça gramada e com uma, certa ausência de árvores. Esta localidade apresenta uma das características mais marcantes percebidas que é não presença das pessoas, a falta do contato social, pois pouco se encontra nas avenidas, praças e lugares a grande presença de pessoas, fato que me deixo apreensivo, porque as cidades que já havia passado não apresentava esta característica tão singular que é comum em todo Plano Piloto.

Eixo Monumental - Esplanada dos Ministérios

No Plano Piloto existe uma rodoviária, tipo integração metrô e ônibus, palco que relembrou os aglomerados urbanos e capitais brasileira, uma vez que, foi um dos poucos lugares brasilienses que pude observa às pessoas do lugar, as angústias, as distâncias, os nomes dos bairros, ou melhor, das cidades satélites, como também o comércio informal e local, nesta localidade se encontra de tudo um pouco, talvez seja o primeiro lugar que uma pessoa que está chegando a Brasília deva conhecer para começar a sua adaptação.
É as primeiras percepções de Brasília não foram ruins, organização, limpeza, educação no trânsito, certa segurança, cenário paisagístico bonito, todavia a não presença das pessoas em dados ambientes deixou-me confuso e com muita vontade de conhecer plenamente o lugar. 

Autor: Celso Cardoso Gomes
  • Doutorando do Programa de Pós-graduação de Geografia/UNB, Mestre em Desenvolvimento e Meio Ambiente – PRODEMA/UFPE, Especialista no Ensino da Geografia e a Questão Ambiental – FUNESO/UNESF e graduado em Geografia – FFPNM/UPE.
  • Trabalho descritivo referente à atividade da cadeira de Desenvolvimento Regional e Novas Regionalizações, ministrada pelo professor Dr. Juscelino Eudâmidas Bezerra.